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E a Covid me pegou

16:11Denny Baptista

 


Num misto de uma pessoa que foi trabalhar mesmo tendo alguém infectado em sua própria casa e uma empresa que incentiva trabalhadores a irem trabalhar mesmo nessas condições, desde que sem sintomas, eu acabei infectada. 

Como eu já me vacinei, no final das contas deu tudo certo. Mas poderia ter dado muito errado, né? Eu fiquei umas 3 semanas com uma tosse alérgica muito chata. Enquanto estava com essa tosse, eu achei que estava infectada, mas fiz o teste e deu negativo.

Contudo, a tosse "mudou de jeito", e ao invés daquele comichão na garganta, a tosse ficou mais carregada e eu senti que o desconforto, que antes era mais na garganta, passou para o pulmão em si. Somado a isso comecei a ter febre alta que não baixava com a medicação que estava usando. Então achei que era hora de verificar mais de perto.

A busca do atendimento

Liguei para o Alô Saúde aqui de Florianópolis, relatei os sintomas (tosse, febre, dor de cabeça e no corpo fortes e fraqueza), fui cadastrada como caso suspeito e a enfermeira agendou um teste para a mesma tarde. Ela me orientou a tomar dipirona e beber bastante água para a tosse e recomendou buscar atendimento presencial se algum sintoma piorasse. 

Acontece que eu sou do grupo de risco, e não ia dar mole. Além disso, meu marido também estava com sintomas. Então, depois de fazer o teste no LAMUF, fomos ao Pronto Atendimento para uma consulta. A sala de espera estava quase vazia - conosco eram umas 5 pessoas no máximo. Mas o hospital deveria estar a mil, porque foram quase 3 horas até sermos atendidos. 

A médica que me atendeu receitou dipirona para a febre - tomei uma injeção antes de ir para casa - e perguntou qual sintoma mais me preocupava. Falei que a tosse, porque eu sentia que o pulmão estava meia boca. Então ela receitou mais um anti-inflamatório e um xarope para a tosse. Comentei que eu tinha um nebulizador e perguntei se ajudaria fazer algum tipo de nebulização, e ela disse que não. 

Aí nessa hora confesso que meu histórico de asmática (😂) falou mais alto e eu comprei soro fisiológico e um broncodilatador leve. Com a medicação os sintomas amenizaram bastante, só a tosse que não cedia muito. 

O positivo

Em cerca de 2 dias recebi o resultado positivo no meu WhatsApp - e logo em seguida um questionário imenso da Vigilância Epidemiológica. Confesso que quando recebi aquele positivo, todo o meu medo de morrer de Covid, tão trabalhado na terapia, passou diante dos meus olhos. No entanto, eu não alimentei esse pensamento e foquei no fato de que eu estava bem.

E realmente os sintomas não se agravaram. Eu considero que a nebulização ajudou muito, pois eu fazia na metade do dia e antes de dormir e aliviava bastante. Não que eu sentisse falta de ar, mas era um desconforto que ficava mais chato na hora de dormir. 

Fora isso, eu não tinha apetite e passei o tempo todo meio enjoada. Meu marido teve praticamente os mesmos sintomas e um pouco de desconforto intestinal, mas não passamos disso. Não tivemos perda de olfato nem paladar, foi mais um "gripão" mais pesado mesmo. 

É claro que eu senti que meu pulmão tomou um "baque" que eu nem percebi enquanto estava doente. Eu comecei a fazer caminhadas essa semana porque senti que minha capacidade cardiorrespiratória ficou prejudicada. E já percebi que vai ser um caminho chatinho e mais longo do que eu esperava. Mas tudo bem. Isso é muito melhor do que qualquer outra possibilidade de agravamento que poderia ter acontecido. 

A lição

Disso tudo a lição que fica é que realmente estamos todos muito expostos. Por maior que seja o cuidado, bastou um outro alguém com quem você tenha contato estar infectado e pronto, você cai. Nós conseguimos ficar todo esse tempo sem pegar o vírus, ou pegamos de forma assintomática e não percebemos.

No início da pandemia eu estava muito paranóica, e quando saímos do home office pra "vida real" eu fui tomada por um medo de morrer da doença insuportável. Mas passei por isso e não pirei, quem diria. 

Ponto pra mim né, rs.


Um beijo!

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